terça-feira, 29 de novembro de 2011

FAZER DIFERENTE

Eu estava há um tempo querendo escrever esse post aqui. Porque às vezes eu "ando pelas ruas prestando atenção em coisas que não sei o nome".

Todos os dias eu saio de casa cedo para o trabalho e vou caminhando até a estação de trem. De onde moro até lá são algumas quadras e eu sempre faço o mesmo trajeto, passando e cortando as mesmas ruas. Gosto de observar as coisas enquanto vou caminhando e escutando música no celular.

Quase todos os dias passo por pessoas que se tornam minhas "conhecidas", pois eu sempre as vejo fazendo a mesma rotina que eu.

Ali perto de casa moram duas irmãs, gêmeas, que devem ter cerca de 1 ano e meio de idade. Sempre as vejo sendo levadas pelo pai e a avó, algumas vezes a mãe, provavelmente até a creche. As meninas vão caminhando e são levadas pela mão. Eu sempre sinto muito carinho naquela família, eles sempre me passam coisas boas. As crianças, o pai e a avó sempre estão sorrindo. Algumas vezes vi a avó cantando musiquinhas com as meninas, outras vezes vão caminhando e conversando, outras vezes a avó e o pai vão mostrando coisas pelo caminho... Outro dia vi o pai de mão dada com uma das meninas se esconder atrás de um canteiro alto na calçada. Estavam se escondendo da avó e da outra irmã. A avó puxava: "cadê a irmazinha? ihhh, escondeu! vamos achar, vamos correr!". O pai e a outra menina riam. E assim eles iam até chegar ao destino.

Todos os dias fazemos as mesmas coisas, temos uma rotina. O que eu percebo é que a gente pode dar encanto à nossa rotina e cada dia fazer da nossa rotina um momento diferente, como faz essa família. Hoje eu passei por eles no caminho e as meninas estavam com o pai e com a mãe dessa vez. Todos os dias eles fazem a mesma coisa, só que cada dia fazem diferente. A ida à creche, deduzo, nunca é igual para essas irmãs.

Eu sinto que eu me ligo no piloto automático algumas vezes e perco a oportunidade de fazer diferente, de olhar para um lado que eu nunca olhei. Esses dias reparei na fachada de uma casa que eu curti muito. Toda de tijolos, muito bonita. Fiquei pensando se ela sempre foi assim ou se reformaram. Eu não consegui saber a resposta.

Eu reclamo que gostaria de ter mais tempo mas acho que a verdade é que eu não sei administrar direito o tempo que tenho. Muitas vezes me permito ver as coisas de uma forma diferente, tenho tentado exercitar isso em mim há alguns anos. Tenho me permitido sentir mais o momento que estou vivendo, mas ainda assim o piloto automático toma as rédeas da minha vida algumas vezes.

Um dia, quando eu crescer, quero ser como essas irmãs de cerca de 1 ano e meio e ter a rotina diferente todos os dias. Quero muito fazer isso com meus filhos, quando eles vierem.

A vida é curta, o tempo passa depressa. Fazer diferente, dar um encanto novo a cada dia, se permitir experimentar sensações diferentes, tornar a rotina cada dia uma nova. É isso aí.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

10 MESES...

...de uma cumplicidade que eu jamais poderia imaginar,
de uma alegria ao acordar todo dia e ter em mente os olhos dela olhando os meus,
de euforia ao revê-la depois de dias,
de tranquilidade ao ficar no aconchego dos seus braços,
de desejo ao sentir o seu corpo quente e macio junto ao meu,
de lealdade, pois á ela tudo eu posso confiar e tenho o mesmo,
de sintonia, pois caminhamos juntas e dividimos os mesmos objetivos,
de carinho no aconchego do seu abraço,
10 meses do mais sincero amor.
Eu quero muitos mais 10 meses para nós.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

PROGRAMAÇÕES CULTURAIS

Final de outubro e início de novembro foi um período de muitas coisas. Ando na correria sabe e por isso andei me esquecendo desse meu canto aqui. Estive viajando, à trabalho e à lazer, tenho feito muitas atividades que não me deixam em casa, tenho trabalhado muito e o pouco tempo que sobre a vontade é de não fazer nada. A vontade é tentar descansar mesmo, o físico e o mental.

Mas tem algumas coisas que eu vi por aí que não posso deixar de comentar.E vou começar falando de um filme que assisti que eu estava muito ansiosa para ver:  

  • Cinema

    A pele que habito, de Almodóvar.
    Eu confesso, sou super fã dos filmes desse cara e acho que já assisti quase todos. Mas esse filme me deixou com uma sensação que não consegui palavras para descrever. Saí do cinema sem saber dizer se o filme era bom ou ruim. O filme é, indiscutivelmente, surpreendente e imprevisível. Aliás, todos os filmes dele são imprevisíveis. Mas ver Almodóvar fazendo um trabalho tão diferente do que de costume me fez ficar perplexa e sem palavras. Um filme tenso e denso. Apesar da proposta do filme ser um suspense, consegui identificar traços do bom e velho Almodóvar: como em uma das primeiras cenas que traz objetos em destaque sobre a mesa e contrastes de cores; os recipientes com sangue e outras químicas no laboratório também tem esse contraste de cores fortes; alguns momentos de humor negro também aparecem no filme e a temática principal de seus filmes também está presente, mas sobre isso não posso falar aqui senão estrago a surpresa de quem não viu ainda.
    É assim, o filme é bom, muito bom. Talvez não tão bom como os clássicos ou talvez eu prefira os clássicos, mas com certeza é um filme que vale muito a pena assistir.



    Um Conto Chinês, do Sebastián Borensztein.
    Uma comédia de produção Espanhola e Argentina que garante muitas risadas. O legal do filme é que são risadas em cima de situações que podem acontecer com qualquer um, foca o aspecto das diferenças culturais e de idiomas e traz uma mensagem bacana também, que é até que ponto estamos dispostos a abrir mão do que a gente quer, até que ponto vale a pena deixar para amanhã ou fazer as coisas hoje. Um filme criativo e muito divertido. Gostei muito, super indico.


    Mais em:
    adorocinema.com/umcontochines
    adorocinema.com/apelequehabito 

    • Teatro
    Eu era tudo pra ela... e ela me deixou, direção de Mira Haar.
    Essa comédia é com os atores Ricardo Rathsam e Marcelo Médici e este último interpreta 9 personagens de chorar de rir. A história é sobre Samuel, que foi deixado por sua esposa e sofre muito. Criativa e muito bem bolada. Muito bom mesmo. Fica em cartaz até 04/12 no teatro FAAP, em São Paulo.