terça-feira, 25 de junho de 2013

ANDA ACONTECENDO

Quando fico muito tempo sem escrever não é por falto de imaginação, meus pensamentos não param um segundo, mas por falta de tempo mesmo. Tenho reparado que me surge mais vontade de escrever justamente quando não é possível, por exemplo, quando estou andando no meu caminho de casa até a estação de trem, todo dia de manhã. 

Muitas coisas tem acontecidos e eu gostaria de deixar minha opinião sobre os fatos.

O primeiro foi o dia 05 de junho, dia Mundial do Meio Ambiente. A semana passou e a data foi lembrada por diversas instituições. Uma data importante para um planeta que há muito tempo andou esquecido. A data, na verdade, é só mais uma oportunidade para se pensar nos projetos ambientais em andamento, para promover palestras e cursos à população de forma a conscientizar as pessoas para o uso consciente dos recursos, destinação correta do lixo e várias outras formas de cuidar do que é nosso. Vivemos em um planeta doente e nós ficamos doentes também. Nas cidades mais poluídas existem os maiores problemas relacionados ao sistema respiratório. Quanto menos conhecimento a respeito, mais descarte de lixo de forma inadequada vai acontecer. Moradores de regiões ribeirinhas que jogam seu lixo nos rios sofrem as consequências de seus próprios atos. Moradores de grandes cidades que jogam seu lixo nas ruas também sofrem as consequências de seus próprios atos.

Outro evento que anda acontecendo são as diversas manifestações que acontecem praticamente todos os dias em nosso país. Começaram por conta do aumento das passagens, mas agora vemos todo o tipo de protesto junto. Não sou militante que vai às ruas. Sinceramente tenho medo de grandes aglomerações, prefiro usar minha voz para falar o que eu penso através de outros meios, como as redes sociais que participo por exemplo. Aqui no trabalho quando há a discussão sobre o tema eu me posiciono também, gosto de conversar sobre o assunto que considero importante para o momento histórico do nosso país. São muitos protestos, muitas insatisfações acumuladas durante anos que, por iniciativa de alguns começaram a aparecer. Aqueles que andavam cansados de tantas coisas erradas começaram a falar. A massa move o indivíduo e é isso que temos visto especialmente no dia 20 de junho, aqui no Rio, na passeata que reuniu 1 milhão de pessoas nas ruas do Rio. Não concordo com as depredações, um povo que se manifesta pacificamente tem muito mais poder. Mas as manifestações são públicas, abertas à todos, e numa sociedade diversificada, existem diversas formas de comunicar a revolta, uma dela é pelo vandalismo. Acredito que muitos bandidos participam também na tentativa de se aproveitar da situação e saquear lojas também, mas ainda acho que faz parte. Também não tenho partido político. Não gosto do PT, isso é fato, simpatizo com uma ideia aqui outra ali, independente do partido, alguns políticos ás vezes apresentam boas propostas. Se eu tivesse que dizer que sou de algum partido, diria que simpatizo com o PSOL, especialmente pelo forte apoio em defesa das minorias.  Mas independente de partido ou do vandalismo, acho que o Brasil “acordou” sim como andam dizendo por aí. O que me comove é ver também muitas pessoas do mundo inteiro apoiando nossa causa. As medidas já estão começando a aparecer. As passagens já voltaram ao preço anterior. Nossa presidentE (me recuso a falar errado, presidentA, ente é um sufixo que faz referência à ser, ou seja, quem está ou é o agente da ação, portando quem preside é presidente e pronto) fez um discurso vazio e cheio de marketing, porém começou a propor algumas mudanças e até um plebiscito, o que me causou surpresa. Vamos ver no que isso vai dar.

Vou fazer outro post para falar da viagem a Porto Alegre. Foi uma delícia de viagem, frio, lugares agradáveis, pôr do sol, novos amigos. Fizemos um roteiro e por sugestão dos amigos a viagem ficou ainda mais agradável.

A vida anda atribulada, não tenho parado no Rio. Fui para Volta Redonda ver minha família e meus pais que chegaram do Sul. Minha preocupação maior que era encontrar com a minha mãe não teve tanto motivo, nosso encontro foi tranquilo. A terapia tem me ajudado a rever posturas e a trabalhar esse sentimento que existe em mim. A Tati, já sabendo da dificuldade no meu relacionamento com a minha mãe, também deu um empurrãozinho para que as coisas acontecessem de forma pacífica e foi tudo certo. Claro que estando em VR aproveitei o tempo para me dedicar um pouco aos meninos. Estão crescendo e rápido. O Lucas é um pré-adolescente, conversa como um adolescente, embora ainda mantenha comportamentos infantis, sua cabecinha está mudando. Gosto de conversar com ele e conhecer os gostos e opiniões. O Bibi cresce e como sempre amoroso. Esse é o lado bom da família. Amar e se sentir amada não tem preço. Oi legal tirarmos uma foto da família, todo mundo junto, não me lembro da última vez que isso aconteceu e não sei de quem foi a ideia dessa vez, deve ter sido da Tati, ainda vou perguntar a ela rs.

Assisti alguns filmes bacanas recentemente, mas também vou colocar em um post separado, fica melhor e mais organizado, esse aqui já está grande demais rs.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

FILME DA VEZ

Sábado fui com duas amigas assistir Faroeste Caboclo. Estava há tempos querendo ver esse filme e ansiosa pela sua estreia.
O que achei? Muito bom!!! Só tenho elogios para esse filme. Começando pelo elenco de atores que são ótimos, a interpretação é impecável e comovente, especialmente do protagonista, Fabrício Boliveira, que faz o papel de João. Quem vai muito bem é a Ísis Valverde, que emociona na interpretação de Maria Lúcia.
O roteiro foi bem escrito e a continuidade do filme permite ao telespectador ir cantando a música na cabeça ao mesmo tempo que a história vai acontecendo. Lembrando que o filme é uma adaptação da música e não mostra as falas literais, mas dá uma ideia bastante vívida da juventude em Brasília nos anos 80, do preconceito racial e do tráfico de drogas.
A fotografia do filme também merece destaque. Gostei muito de uma cena, bem no início, que mostra a passagem do tempo. Na cena, João, ainda criança, e sua mãe descem o balde no poço para pegar água. A câmera filma os dois da perspectiva do balde, que vai descendo e girando rapidamente até encontrar o funcho do poço e a água. Ao ser puxado para cima, o balde, já girando mais devagar encontra a figura de João, jovem.
Não tem como não se emocionar como filme. Além de relembrar a trajetória de uma banda que marcou consideravelmente os jovens dos anos 80 e 90 (e ainda até hoje) ainda mostra o reflexo de uma sociedade 
excludente e cruel.