terça-feira, 30 de abril de 2013

OURO PRETO E MARIANA

Há tempos eu falo que quero conhecer Ouro Preto e sempre uma desculpa. Certa vez estava com outra viagem marcada, outra vez estava sem grana, outra vez estava com preguiça e por aí.

Bom, no último feriado aqui do Rio, dia 23, feriado de São Jorge, eu emendei a segunda-feira e fui. Planejei a viagem, organizei um roteiro com os pontos que eu gostaria de visitar, locais para comer, igrejas e museus para visitar. Câmera na mão, mochila pronta, roteiro e passagens checados e lá fui eu. Saí do Rio  na sexta à noite e cheguei sábado bem cedinho. Eu viajo bem assim de ônibus, porque durmo fácil. Na volta para o Rio eu fiz a mesma coisa, saí de Ouro Preto na segunda à noite e cheguei no Rio na terça bem cedinho.

Abaixo segue o meu roteiro e sugestão para aproveitar ao máximo essa linda cidade Mineira.


Transporte:
Ônibus da Viação Útil
Ida
Saída: 19/04 (sex) 23h30
Chegada: 20/04 (sáb) 07h30

Volta
Saída: 22/04 (seg) 22h00
Chegada: 23/04 (ter) 06h00




Um pouco sobre a cidade:
Ouro Preto reúne o mais representativo conjunto de arquitetura e arte do período colonial do Brasil. São 13 igrejas, entre as quais se destaca a Matriz de Nossa Senhora do Pilar, construída no Século XVIII, adornada com 400 kg de ouro, a segunda do país em quantidade de ouro. Em decorrência deste inestimável patrimônio histórico-cultural, Ouro Preto foi a primeira cidade brasileira – e uma das primeiras do mundo – a ser declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, em 1980.

O povoado surgiu no fim do Século XVII, com a descoberta de pepitas de ouro em suas imediações, achado que atraiu muitos aventureiros e trouxe súbita prosperidade à região. Fundada oficialmente em 1711, como Vila Rica do Albuquerque, logo simplificado para Vila Rica, a cidade teve o nome alterado em 1823 para Ouro Preto, referência à coloração escura das pedras, que só depois de fundidas perdiam a camada de óxido de ferro e, assim, ganhavam o tom amarelado típico do metal. Ouro Preto foi capital de Minas Gerais até a inauguração de Belo Horizonte, em 1897, localizada a 100 km dali.

Uma das passagens mais importantes da história brasileira ocorreu em Ouro Preto, a Inconfidência Mineira – movimento de contestação à Coroa Portuguesa que culminou com o enforcamento de um de seus líderes, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido pelo apelido Tiradentes, em 21 de abril de 1792. Tiradentes tornou-se um herói brasileiro, e o dia de sua morte é feriado nacional.

Ouro Preto é também a terra do arquiteto e escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (apelido que recebeu quando passou a andar com dificuldade por causa de uma doença degenerativa), um dos nomes mais importantes das artes brasileiras no período colonial.

A região tem outros municípios que viveram a febre do ouro no passado e também preservam prédios históricos, como Mariana e Congonhas – cidade que guarda o maior conjunto artístico criado por Aleijadinho.

Os ares históricos de Ouro Preto ganharam nos últimos tempos um frescor juvenil – boa parte dos sobrados da cidade, transformada em pólo universitário, tornaram-se morada de estudantes. Esse público faz com que o carnaval seja um dos mais animados de Minas Gerais e movimenta as atividades ligadas ao turismo de aventura.

Hospedagem:
Ouro Preto Hostel – Suite Single (R$80,00 a diária) 
Travessa das Lajes, 32, Antônio Dias (próximo da Mina do Chico Rei)





Igrejas para visitar:
Matriz N. S. da Conceição de Antônio Dias (1727-1760)
Projeto e construção de Manuel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho.
Visitação: 3ª a domingo: 8:30 às 11:45 e das 13:30 às 16:45.

Igreja de São Francisco de Assis (1765-1810)
Projeto e construção de Aleijadinho. Possui as principais obras de Aleijadinho e mestre Athaíde. A mais alta expressão do estilo rococó.
Visitação: 3ª a domingo: 8:30 às 11:45 e das 13:30 às 16:45.




Matriz N. S. do Pilar (1711-1733) (anexo Museu de Arte Sacra)
Primeira em arte e segunda em riqueza do Brasil. Aproximadamente 400 quilos de ouro. A mais alta expressão do barroco mineiro.
Visitação: de 3ª a dom.: das 09:00 às 10:45 e das 12:00 às 16:00.

Igreja da Sé (em Mariana)
Concerto de órgão emocionante - Domingos às 12h15m. O valor é de R$28,00.




Igreja de N. Senhora das Mercês e Perdões (1722)
O risco da nova capela-mór é de Aleijadinho, que também executou as imagens de roca de São Pedro Nolasco e são Raimundo Nonato e um crucifixo, que atualmente está no museu do Aleijadinho.

Igreja de Sta Efigênia e N. S. do Rosário dos Pretos (1733-1762)
Igreja construída por Chico Rei para os escravos de sua tribo africana. Possui o relógio mais antigo da cidade (1762), originalmente construído com apenas um ponteiro.
Visitação: 3ª a domingo: 8:30 às 16:30.




Igreja do Padre Faria ou N. S. do Rosário dos Brancos (1701-1710)
Considerada a igreja mais antiga de Ouro Preto, possui a única Cruz Papal da cidade, bem como o sino que tocou na inauguração de Brasília. Visitação de 3ª a domingo: das 8:30 às 16:30.

Igreja Nossa Senhora do Carmo (1766-1776)
É a igreja onde se encontram as últimas obras de Aleijadinho e obras de Athaíde. Única, em Minas Gerais, com azulejos portugueses do séc. XVIII.
Visitação: de 3ª a dom.: das 13:00 às 16:45.

Igreja São Francisco de Paula (1804-1904)
Mais nova da cidade, com excelente vista panorâmica. É Obra de Aleijadinho.
Visitação: de 3ª a sáb.: das 09:00 às 11:30 e das 13:30 às 16:45.

Nossa Senhora do Rosário
A igreja substituiu a primitiva capela datada de 1709, o traçado circular é ponto alto da arquitetura barroca mineira.

São José (1752-1811)
Começou a ser construída por volta de 1752, só sendo concluída após 1811. O risco do retábulo da capela-mor e da torre são do Aleijadinho.

Museus e Monumentos Civis para visitar:
Museu do Oratório
O prédio onde funciona o Museu do Oratório é um dos mais significativos edifícios da Ouro Preto setecentista. É o único museu de oratórios do mundo. Reúne uma coleção de peças sacras do séc. XVII ao séc. XX. São 300 imagens e 160 oratórios que variam de 3cm a 3,20m de altura. Peças genuinamente brasileiras, principalmente mineiras. Ao lado da igreja do Carmo.
Visitação: diariamente 9:30 às 11:50 e das 13:30 às 17:30

Passeio de Trem para Mariana
A viagem até Mariana é curta - são apenas 18 quilômetros percorridos em menos de uma hora - mas a sensação de viajar no tempo é garantida. A locomotiva de 1949 tem interior de madeira e desenho semelhante às composições do início do século 20. No cenário, paisagens típicas de Minas Gerais, formadas por cachoeiras e montanhas. Na paisagem à direita, vê-se o verde da Mata Atlântica, montanhas, duas cachoeiras e a primeira igreja do povoado de Mariana. O trem funciona de sexta a domingo, e as saídas aos domingos é às 10h.




A cidade de Mariana tem como principal construção histórica a Catedral Basílica da Sé, erigida no início do Século XVIII e considerada uma das mais belas do país, conservando raridades como o órgão alemão com mais de 300 anos que é mantido em atividade, em concertos às sextas-feiras, às 11h, e aos domingos, às 12h15. O Museu Arquidiocesano de Arte Sacra exibe obras dos mestres Aleijadinho e Ataíde – os restos mortais deste estão enterrados na Igreja São Francisco de Assis, que forma o conjunto histórico da Praça Minas Gerais, ao lado da Igreja do Carmo e da Casa da Câmara e Cadeia.

Casa dos Contos (1787) - Centro de estudo do ciclo do ouro
A mais alta expressão da arquitetura Barroca Colonial Residencial em Minas Gerais. Antiga casa de fundição do ouro. Atualmente, centro de estudo do ciclo do ouro e museu do fisco, com réplicas de moedas dos séculos XVIII e XIX. Serviu como prisão para os inconfidentes. Senzala de escravos.
De 3ª a sáb.: de 12:30 às 17:30, dom. e feriados: de 09:00 às 15:00.

Mina da Passagem
Primeira mina de ouro aberta a visitação no mundo. Situada a cinco minutos de Ouro Preto, no distrito de Passagem de Mariana, é uma das maiores minas de ouro abertas à visitação. (Fazer o Passeio!!!) A bordo de um trole, os visitantes são levados a 120 m de profundidade até as galerias, cujos labirintos somam cerca de 30 km. Calcula-se que a mina tenha produzido 35 toneladas de ouro desde sua abertura, em 1719, até sua desativação, em 1985.
Rua Eugênio Eduardo Rapallo, 192, Passagem de Mariana. Segunda e terça, 9h às 17h; quarta a domingo, 9h às 17h30.

Mina do Chico Rei
Mina do século XVIII, explorada pelo Chico Rei- personagem heróico dos escravos em Vila Rica.
Rua Dom Silvério, 108. Diariamente: das 8:00h às 17:30.




Teatro Municipal de Ouro Preto (1770)
Antiga Casa de Ópera. Teatro Municipal mais antigo do Brasil.
Rua Brigadeiro Musqueira. De 2ª a dom.: das 13:00 às 17:30.

Início da construção em 1785. Em 1862 a Câmara deixa o edifício , que passa a ser prisão do estado. De 3ª a dom.: das 12:00 às 17:30. Praça Tiradentes.

Cine Vila Rica
Um cinema-teatro lindo da década de 50. Você se sente como se estivesse naquela década dentro dele. Preço baratos e boa programação.
Praça Reinaldo Alves de Brito, Centro

Onde Comer em Ouro Preto:
Além de um ambiente agradável, repleto de cores intensas e decoração única, o Café Geraes conta com um Pub. Petiscos, pratos a la carte, cafés, charutos, sanduíches, tortas, adega, joalheria e muito charme são elementos incluídos na biografia do local.
Rua Conde de Bobadela, 122 - Centro - Telefone: (31) 3551-5097

Sofisticado e instalado em um antigo casarão oferece jantar a luz de velas. Os destaques do cardápio são os pratos da culinária mineira, como o feijão-tropeiro e o frango com quiabo.
Rua Conde de Bobadela (Rua Direita), 42 - Centro - Telefone: (31) 3551-2141

Fábrica de Chocolates Ouro Preto
Os chocolates são deliciosos e o lugar é super charmoso. Destaque para o Waffle caprichado na calda de chocolate.
Praça Tiradentes, 111 - Centro - Telefone: (31) 3551-3213



Come-se bem e paga-se pouco. Tudo é muito gostoso e o pão de queijo é uma delícia!
Rua Bernardo Vasconcelos, 132, Antônio Dias - Telefone: (31) 3551-1041

Algumas dicas sobre a Cidade:
- A maioria das Igrejas cobram entre R$2,00 e R$8,00 o ingresso e não adianta tentar entrar de graça!
- É proibido fotografar dentro das Igrejas e em algumas igrejas as bolsas e sacolas devem ficar guardados na recepção da igreja.
- A maioria das igrejas e museus ficam fechados nas segundas-feiras.
- Use os sapatos mais confortáveis (e antiderrapantes) que você tiver. As ruas são de paralelepípedo arredondado e escorregam mesmo. Além disso, as subidas e descidas cansam muito.
- Por mais que esteja calor durante o dia, à noite sempre esfria. Por isso, leve sempre um casaquinho na hora de sair para jantar.

terça-feira, 16 de abril de 2013

CAIXA DE PANDORA

Emoções nunca foram fáceis de tratar e ainda são um mistério para muitas pessoas.

Da última semana para esta, as emoções estiveram bastante afloradas e coisas não muito legais aconteceram, embora tenham possibilitado grandes reflexões.

Viver em sociedade e à dois, mais especificamente, nunca foi tarefa fácil. É preciso aprender constantemente um com o outro, dosar, ceder e se permitir aprender e melhorar.

Os males da caixa de Pandora serão nosso karma eternamente e é preciso se valer da esperança que restou na caixa para resolver a bagunça de todos os sentimentos na vida.

Vivendo e aprendendo. Ainda bem que as coisas já estão bem, se encaminhando.


ROTEIRO GASTRONÔMICO

Mais um final de semana em Sampa e mais um restaurante conhecemos:

(...)
4- Kodai Sushi (comida japonesa/chinesa) - Não que eu coma comida japonesa, pois se antes de virar vegetariana eu já não comia, agora é que não como mesmo (rs), mas tinha também comida chinesa e eu caí dentro de um yakisoba vegetariano. Experimentei a entrada de shimeji que veio junto do rodízio de japa que as meninas pediram. E para fechar escolhi de sobremesa um tempurá de banana com uma bola de sorvete de creme e calda de laranja. Tudo delicioso e muito bem preparado. O macarrão do yakisoba é bem fininho e vem caprichado em legumes e molho. O lugar é bonito, mas nada demais. O atendimento muito bom, mais uma vez Sampa dando exemplo de atendimento de qualidade. Curti!

MENOS UM DENTE - A SAGA

Pois é, menos um dente da boca do pobre cavalo. Ainda bem que já casei pois sabe como é, ninguém quer comprar um cavalo desdentado. À propósito, não foi um dente da frente não, foi um molar, ao sorrir não aparece!

Enfim, depois de cerca de 20 anos insistindo em manter vivo um dente que não queria mais viver, decidi por conta própria e risco fazer eutanásia no pobre molar. Sim, eu decidi por conta e risco que queria arrancar e arranquei.

Não foi tão simples quanto parece, eu gostaria que o problema tivesse sido resolvido rápido pois, na minha mente, eu estaria me livrando do problema, o dente.

Primeiro tive que convencer o dentista a arrancar. Ele insistia que os restos mortais de dente na minha boca ainda tinham salvação, mas eu preferi atender a vontade do própria molar que não queria mais viver. O que aconteceu foi uma extração mal feita, realizada por um dentista açougueiro que me fez retornar a um outro dentista (não quis voltar no açougueiro)  na semana seguinte. O outro dentista colocou um curativo que deveria ter caído no mesmo dia mas foi cair 5 dias depois, machucando minha gengiva já frágil. Quase duas semanas de sofrimento. O ponto caiu sozinho mas tive alveolite (acho que é assim que escreve). O curativo caiu ontem e eu me sinto muito mais aliviada. Depois da dieta forçada de sopa, iogurte, suco, leite, purê e tudo quanto é alimento líquido e pastoso, volto a comer quase normalmente (ainda tem um medinho no ar).

Não quero mais arrancar dente, mas também não quero mais problemas. Infelizmente minha saga ainda não acabou, pois na retirada do falecido descobri duas cáries nos dentes que estavam junto à ele. Retorno no dentista na quinta, não no açougueiro, agora em outro. Seja o que Deus quiser!