quinta-feira, 19 de julho de 2012

O SILÊNCIO


Pela manhã fica um silêncio fúnebre aqui no trabalho. Como as pessoas conseguem trabalhar assim eu não sei, mas minha Gerente disse que trabalho não é lugar de música, que música é para ser ouvida em casa. Tudo bem, eu entendo que música alta realmente atrapalha, mas uma música em volume bem baixinho, só na minha mesa, não atrapalharia ninguém. Mas não, o silêncio fúnebre é o que deve prevalecer,o com exceção dos momentos de interrupção pela tosse asmática do meu outro Gerente que senta uma mesa logo atrás. Esse silêncio fúnebre me dá sono e torna o dia mais tedioso ainda. Esse silêncio embalado apenas pelo som das pessoas digitando. Esse silêncio me irrita. Eu não sei como é, porque nunca trabalhei, mas acho que isso aqui deve parecer uma repartição pública.
Eu começo a bater o pé na cadeira na tentativa de causar algum som parecido com o ritmo de alguma música que me passe pela cabeça. O problema que as únicas músicas que me passam pela cabeça possuem batidas eletrônicas e como reproduzir isso com o pé!? Então começo um ritmo mais constante com o pé e com os dedos, enquanto esses deveriam permanecer em descanso em cima dos teclados, entre uma palavra e outra digitada.
Eu não me concentro pela manhã, esse silêncio fúnebre me desconcentra e me dá sono, definitivamente. 

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