terça-feira, 10 de julho de 2012

SP - RJ

Ontem foi meio estranho: dormi em São Paulo e acordei no Rio praticamente. A noite passou demorada e eu acordei várias vezes com a sensação de que iria perder a hora. Acordava com o coração acelerado achando que já era hora de levantar e sem coragem de olhar no celular a hora real. Então, eu me abraçava nela tentando aproveitar os últimos minutos do seu cheiro e do seu calor, até que eu dormia novamente. E mais tarde voltava a acordar. No fundo, o que eu queria mesmo era que o celular não despertasse e que eu realmente me atrasasse e perdesse o voo. Noite ruim.

Cheguei no Rio, larguei a mochila em casa e fui no medico. Poucas horas depois de chegar no Rio eu já estava com uma bota ortopédica no pé, sozinha no meu apartamento.

A sensação foi que o final de semana passou rápido demais ou então de que eu não aproveitei como queria. Eu olhava o quarto e via minha mochila ali no chão e pensava que horas antes esse mesma mochila estava lá no quarto do hostel junto com a mochila dela. Realmente esse segunda-feira foi bem estranha.

A vontade era de ficar com ela não passou, não matei a saudade e voltei para o Rio totalmente contra a minha vontade. Fazer o que né, não tenho outra escolha. O engraçado disso tudo fui eu durante o voo, lendo a revista da Gol na parte em que aparecem pessoas comuns e celebridades que voaram pela Gol. Ao lado da foto de cada pessoa tem um quadradinho que tem o nome, a profissão, de onde para onde e para fazer o que. Senti inveja das pessoas que estavam indo para São Paulo simplesmente para voltar para casa depois de uma reunião de trabalho, ou voltar para casa depois de curtir as férias, ou voltar para casa depois de um show... Eu queria voltar para casa também, mas para a minha casa com ela em São Paulo, nossa casa que não existe e nem tem previsão de existir porque eu não consigo transferência do meu trabalho para lá.

Me cansa também responder a todos que perguntam: “e aí, quando é que vai ser o casamento?” ou então “e aí, quando é que vai para São Paulo?”. Eu não sei quando! A única coisa que eu sei é que não está legal do jeito que está.

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