quinta-feira, 12 de abril de 2012

ENTENDER AS PESSOAS -1

Eu ando numa fase interessante de questionamentos. Estou começando a duvidar da capacidade humana para conviver em grupo, em sociedade, com leis e regras e respeito. Esse post leva o número "1" na frente porque ando escrevendo muito sobre isso e agora resolvi publicar tudo o que venho pensando. Tenho certeza de que outras publicações sobre esses pensamentos virão.

Esses dias eu ouvi meu Gerente Geral falando com outra funcionária que acha que para entrar na área de Gestão de Pessoas, todos deveriam ler Paulo Freire para aprender a se colocar no lugar do outro. Quase que eu perguntei: e vc leu por acaso? É disso que eu falo, o discurso diferente da ação, a fala é muito bonita e politicamente correta, as pessoas são hipócritas na medida que falam o que esperam que elas falem, mas na hora de agir, agem diferente. É disso que eu estou falando, falar uma coisa e fazer outra.

Hoje deram um jeito de arrumar vaga no estacionamento para o Superintendente. Mas e se um escriturário pedir será que vão arrumar? Não, não vão arrumar. E eu pergunto, qual a diferença entre em Superintendente e um escriturário? Eu não vejo nenhuma. Para mim são pessoas que trabalham na mesma empresa. Porque eu vejo alguns gerentes se levantarem para cumprimentar o Superintendente e fingir que não estão vendo o escriturário batendo no vidro, pedindo atenção? É isso que é Gestão de Pessoas? É isso que é cuidar das pessoas?

Eu vejo Gerentes darem uma atenção toda especial aos Analistas e sequer olham para as recepcionistas. É isso que é Gestão de Pessoas? Porque algumas pessoas possuem “benefícios” ou “privilégios” que outras pessoas não possuem? Qual a diferença? Não são todas pessoas?

Mais uma vez eu questiono e me coloco em dúvida: será que a errada sou eu? Será que o mundo é assim mesmo e eu estou inadequada? Eu não posso ter a pretensão de achar que eu estou certa, pode ser que eu esteja errada sim e que eu que não esteja me adaptando a tudo isso. Sinceramente, eu sinto nojo de algumas pessoas e cada dia isso está pior.

Ultimamente tem sido comum me pegar pensando em formas de dar o fora disso tudo. Dar o fora pode ser qualquer coisa que signifique não ter que lidar mais com isso. Pode ser que eu esteja fugindo de tentar entender isso tudo, sim, pode ser. 

Hoje eu pensei em vender meu apartamento e ir morar no mato, em uma cidadezinha do interior, longe de tudo. Pensei em aplicar o dinheiro e tentar consumir o mínimo possível. Pensei em plantar para me alimentar, pensei em me livrar do computador e dos telefones. Pensei em consumir o mínimo de energia elétrica, tomar banho de água fria, reaproveitar a água da chuva. Pensei em alguma forma de depender o menos possível das pessoas. Pensei em viver comigo mesma e com animais. Animais porque eles sim compreendem o que os homens não estão conseguindo compreender e talvez porque eu sinta como eles. Não sei, não estou entendendo as pessoas e sei que elas não me entendem também.

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